sábado, 17 de abril de 2010

SUGESTÕES RETIRADAS DOS CADERNOS DE ATIVIDADES DO MEC

ÁREA: LINGUAGENS/ARTES E TECNOLOGIA



A CIGARRA E A FORMIGA

La Fontaine

Acigarra
, sem pensar em guardar,
a cantar passou o verão.
Eis que chega o inverno, e então,
sem provisão na despensa,
como saída, ela pensa
em recorrer a uma amiga:
sua vizinha, a formiga,
pedindo a ela, emprestado,
algum grão, qualquer bocado,
até o bom tempo voltar.
“Antes de agosto chegar,
pode estar certa a senhora:
pago com juros, sem mora.”
Obsequiosa, certamente,
a formiga não seria.
“Que fizeste até outro dia?”,
perguntou à imprevidente.
“Eu cantava, sim, senhora,
noite e dia, sem tristeza.”
“Tu cantavas? Que beleza!
Muito bem: pois dança agora...”

Extraído do livro Fábulas de La Fontaine, de Marc Chagall – Editora Estação Liberdade. Fonte : www.saudeanimal.com.br

A CIGARRA E A FORMIGA (A FORMIGA BOA)
Monteiro Lobato

Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé do formigueiro. Só parava quando cansadinha; e seu divertimento era observar as formigas na eterna faina de abastecer as tulhas.

Mas o bom tempo afinal passou e vieram as chuvas. Os animais todos, arrepiados, passavam o dia cochilando nas tocas.

A pobre cigarra, sem abrigo em seu galhinho seco e metida em grandes apuros, deliberou socorrer-se de alguém.

Manquitolando, com uma asa a arrastar, lá se dirigiu para o formigueiro. Bateu
– tique, tique, tique...
Aparece uma formiga friorenta, embrulhada num xalinho de paina.
— Que quer? – perguntou, examinando a triste mendiga suja de lama e a tossir.
— Venho em busca de agasalho. O mau tempo não cessa e eu...
A formiga olhou-a de alto a baixo.
— E que fez durante o bom tempo que não construiu a sua casa?
A pobre cigarra, toda tremendo, respondeu depois dum acesso de tosse.
— Eu cantava, bem sabe...
— Ah!... exclamou a formiga recordando-se. Era você então que cantava nessa árvore enquanto nós labutávamos para encher as tulhas?
— Isso mesmo, era eu...
Pois entre, amiguinha! Nunca poderemos esquecer as boas horas que sua cantoria nos proporcionou. Aquele chiado nos distraía e aliviava o trabalho. Dizíamos sempre: que felicidade ter como vizinha tão gentil cantora! Entre, amiga, que aqui terá cama e mesa durante todo o mau tempo.
A cigarra entrou, sarou da tosse e voltou a ser a alegre cantora dos dias de sol .

Extraído do livro Fábulas, de Monteiro Lobato.

Atividade: Conhecendo o sentido de uma fábula

Objetivo

  • Utilizar a comparação das três versões da fábula para explicar o sentido oculto em um texto e também explorar a forma, exercitando os usos da letra “r”.

Introdução
A fábula é um texto que possui um “sentido” oculto, a chamada “moral da história”, pelo qual se procura transmitir determinados valores e conceitos. Revelar esse sentido é fundamental para a compreensão da fábula. O texto em questão traz três versões diferentes da mesma fábula, dando a ela sentidos diversos e até opostos. Para entender o que está oculto no texto, é preciso relacionar os personagens com os tipos humanos que eles representam. Por exemplo, a formiga pode representar o trabalho manual, o esforço físico, e a cigarra pode representar o trabalho cultural. Como levar os educandos a perceberem essas relações? Como aproveitar o texto também para o exercício do uso de letras, no processo de alfabetização?


  1. Deixe que explorem o texto e mostre os elementos principais que o compõem: título, ilustração, corpo etc.
  2. Ajude-os a constatar que existem, na verdade, três textos juntos no texto 28.
  3. Identifique com eles cada um dos textos.
  4. Leia ou peça a um educando que leia os três títulos.
  5. Leia o primeiro texto (original de La Fontaine), pedindo que acompanhem a leitura.
  6. Faça o mesmo com os dois outros textos.
  7. Debata com eles as diferenças e semelhanças entre os textos. Peça que identifiquem os personagens principais (cigarra e formiga) e estabeleçam relação com seres humanos.
  8. Divida a turma em grupos e solicite que cada grupo elabore uma frase (oralmente ou por escrito), que represente a “moral’ de cada uma das histórias.
  9. Discuta, por exemplo, se o sentido dado pelo poeta está mais próximo da versão original ou da versão de Monteiro Lobato. Descrição da atividade
  10. Oriente para que escolham a frase mais representativa para ser escrita no quadro e copiada nos cadernos.
  11. Peça que identifiquem nos textos quantas vezes aparecem as palavras “formiga”e “cigarra”.
  12. Compare o uso da letra “r” nessas duas palavras e nos textos em geral, reforçando o domínio dessa convenção.

Tempo sugerido: 4 horas


Resultados esperados:
Domínio da capacidade de identificar o sentido de uma fábula, reconhecer palavras em um texto e utilizar corretamente a letra “r”.

Dicas do professor:
Apresentar aos educandos parlendas e trava-línguas com o som do “r”, como: “O rato roeu a roupa do rei de Roma”, “Três tigres tristes” etc.

domingo, 14 de março de 2010

COMO EU IA DIZENDO....

Não havia terminado de escrever na postagem anterior e ,sem querer, deletei tudo. Comecei hoje e ainda estou aprendendo sobre como utilizar os recursos do blog.
Como eu ia dizendo...retornei das férias e fui surpreendida pelas inúmeras mudanças q ocorreram na Rede Municipal de Ensino de minha cidade,foram além (negativamente) de minhas expectativas. Espero q aos poucos tudo se normalize, pois ainda acredito q este governo q prometeu a MUDANÇA, realmente a faça, de modo q não prejudique os funcionários e sim q seja significativa
para todos , priorizando sempre a educação